Barras vs. Géis: Qual é a melhor opção?

Barritas energéticas

Os ciclistas são entusiastas tanto das barras energéticas como dos géis desportivos, os quais são os dois suplementos energéticos mais populares. Ambos consomem-se rapidamente e trazem um impulso adicional de energia durante os treinos ou corridas. No entanto, surge a pergunta de qual dos dois formatos é o melhor.

O debate entre os defensores dos géis desportivos e dos partidários das barras energéticas continua a  ser intenso entre os ciclistas, gerando muitas dúvidas sobre qual dos dois é o mais adequado. Na continuação, explicamos qual é a melhor opção em cada caso:

Géis: benefícios, inconvenientes e quando consumi-los

Os géis desenvolvidos especificamente para ciclistas proporcionam uma valiosa quantidade de hidratos de carbono em formato semilíquido, geralmente entre 20 e 30 gramas por unidade. Estes géis estão compostos principalmente por glicose, maltodextrina e fructose. Os experts na nutrição desportiva afirmam que os dois primeiros ingredientes absorvem-se mais rapidamente no organismo, enquanto que o último gera energia de maneira mais sustentada.

No entanto, é recomendável rever a composição do gel no envelope antes de adquiri-lo. Um gel com maior teor de glicose é adequado para esforços pontuais e explosivos, como subir uma inclinação íngreme e curta, ou realizar um sprint. Por outro lado, aqueles com mais fructose podem consumir-se melhor durante rotas ou treinos mais prolongados.

Vantagens dos géis

  1. Geram energia de forma rápida: Graças a sua composição e textura, os géis ingerem-se, digerem-se e assimilam-se rapidamente no organismo, o que permite um fornecimento de energia mais veloz desde o seu consumo.
  2. Formato cómodo e rápido de tomar: Os géis são mais práticos que as barras em momentos de máxima exigência ou quando se está numa situação tensa dentro de um grupo de ciclistas.
  3. Contém ingredientes estimulantes: Alguns géis desenvolvidos para ciclistas podem incluir estimulantes como cafeína ou guaraná, que oferecem um impulso energético adicional. Também podem conter aminoácidos e vitaminas essenciais para a recuperação muscular e atrasar a aparição da fadiga.

Inconvenientes dos géis

  1. Efeito de curta duração: Embora os hidratos de carbono presentes nos géis se absorvem rapidamente no corpo, também se escapam mais rápido. Portanto, recomenda-se o seu uso para obter energia em esforços explosivos de curta duração.
  2. Possíveis intolerâncias: Muitos ciclistas não toleram bem os géis e podem experimentar indigestão ou não obter nenhum efeito. Isto poderá dever-se a uma intolerância específica ou ao consumo não adequado. A ingestão de géis requer adquirir o hábito durante várias saídas ou treinos, evitando experimentá-los pela primeira vez em dias importantes como marchas ou corridas.

Barras energéticas: vantagens, inconvenientes e quando consumi-las

Diferentes dos géis, as barras energéticas têm uma consistência sólida que requer mastigá-las antes de que cheguem ao estômago. Isto implica que a sua ingestão, digestão e assimilação sejam mais lentas.

Geralmente, as barras energéticas estão compostas por cereais, arroz tufado, açúcar, frutas desidratadas ou cacao, todos eles alimentos ricos em hidratos de carbono. Recomenda-se a utilização das barras específicas para desportos de alta intensidade que se vendem em lojas de bicicletas ou nutrição desportiva, em lugar das versões genéricas que costumam encontrar-se nos supermercados, já que estas últimas costumam ter um contributo de hidratos de carbono abaixo do recomendado (30 gramas por hora de esforço).

Vantagens das barras energéticas

  1. Contributo de energia sustentado: Devido ao seu formato sólido, as barras energéticas têm uma digestão mais lenta e uma assimilação gradual no organismo. Isto proporciona um fornecimento de energia constante e prolongado, o que as torna ideais para saídas ou treinos de maior duração e menos explosivos.
  2. Melhor sabor: As barras energéticas estão compostas por uma variedade de alimentos sólidos como cereais, frutas e chocolate, o que lhes confere um sabor mais atrativo. Além de que, costumam gerar menos intolerâncias em comparação com os géis.

Inconvenientes das barras energéticas

  1. Ingestão mais incómoda: Consumir uma barra energética enquanto que se está num plutão ou durante uma subida inclinada pode resultar incômodo e inclusive ser perigoso, já que é preciso soltar o guião e utilizar uma mão para consumi-la. É mais recomendável consumi-las em secções planas ou quando se ronda a um ritmo mais tranquilo.
  2. Maior tempo para fazer efeito: Devido a sua natureza sólida, as barras energéticas requerem mais tempo para ser processadas pelo corpo e chegar aos músculos e articulações. No entanto, recomenda-se consumir a primeira barra aproximadamente uma hora antes de começar o treino, para que os seus benefícios se notem no momento adequado.

Conclusão: géis ou barras?

Em termos de contribuição energética, não há uma diferença significativa entre consumir um gel ou uma barra. Ambos oferecem uma quantidade similar de hidratos de carbono de rápida assimilação. As diferenças residem no método de ingestão e a velocidade de assimilação dos seus nutrientes.

Os géis são mais recomendados para saídas de maior intensidade ou momentos nos que seja mais difícil abastecer-se de combustíveis, como num plutão o durante subidas ou descensos exigentes. Por outro lado, as barras são ideais para rotas de longa distância ou ritmos mais sustentados, já que proporcionam um suministro de energía constante.

A maioria dos experts em nutrição desportiva sugerem combinar ambos numa única sessão de treino para aproveitar todos os seus benefícios e matices. Por exemplo, pode começar-se com uma barra precisamente antes do treino e logo utilizar um gel em momentos mais desafiantes da prova ou antes de realizar séries intensas. A eleição dependerá das necessidades individuais, a modalidade de ciclismo praticada e o tipo de acontecimento que enfrenta o ciclista.

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